quinta-feira, 30 de junho de 2011

Nenhum Santo

- Oi? Tudo bem?

- Tudo!

- Tá sozinha?

- Sim.

- Eu também.

- Tá. (risadinha)

- Quantos anos têm?

- Quinze.

- Uau! Quer sair comigo?

- Para que?

- Comer uma pizza, trepar?

- O quê...!?

- Desculpe!

- Você é louco!?

- Desculpe só perguntei!

- Quem pensa que sou!?

- Desculpe, desculpe...

- Acha isso proposta!?

- Sim... Quer dizer, não!

- Tudo bem. Te desculpo.

- Sério!?

- Sim. Eu entendo.

- Que bom!

- (Outra risadinha)

- Então tá. Vou indo nessa...

- Espera!

- Espero.

- Pensando bem...

- Vai aceitar a pizza?

- Não. (cara fechada)

- Xi! (apreensão)

- Vou aceitar a trepada.

- Então vamos!

- Vamos!


Fim.


Obs.: Hoje é dia do caminhoneiro: Profissional que só come na rua por que a política de combate a prostituição infantil nas estradas é pior que o asfalto delas! E também é o último dia do mês de Junho. Uma data que não é de nenhum Santo! E isso não é brincadeira.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Foi uma viagem (2)...

Outra colaboração no site de uma colega; onde estreio como colunista!
E mais um conteúdo para aquela seção do meu blog.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Malditados

Cinco expressões populares que todo mundo conhece: “Não seja Maria vai com as outras”; “Todos têm um preço”; “Uma imagem vale mais que mil palavras”; “Antes tarde do que nunca” e “Tá ligado?”. Ditos que certamente já disse, como força de expressão, mas sem ter noção exata do que falou, de tão automático que pensou. Por isso, vou ajudar:

E antes que pergunte por que estou fazendo isso, digo que foi só para cumprir minha cota diária de post; aproveitar coisas que venho fazendo ao longo da vida; compartilhar a dúvida sobre se tudo isso é mesmo verdade? E aproveitar a era das poucas palavras para que reflita melhor e não seja levado pelos outros, como a Maria! Que vai com as outras.

Tomara que entenda isso rápido, pois agora não sei como representar essa última expressão, com imagens! E falando nelas, usei algumas que eu fiz para ilustrar essa porra, provando que realmente todos tem um preço; que se eu dependesse delas para viver, estava ferrado e que para uma imagem valer mais que mil palavras, depende do artista e do autor.

Na quarta série: Fiz a capa do meu primeiro livro! Uma ótima estréia, logo de cara!
Obs.: Cada aluno fez a sua. Por isso que a minha foi essa, representando eu na porta da escola.


Ainda no primeiro livro: Depois que vi qual era a minha área, cai para dentro das folhas!
Obs.: Este é Júnior. Personagem da estória e sei que não importa, mas é só pra tirar os olhos do desenho.


Já mais crescido era a hora de tentar desenhar meus ídolos!
Obs.: Acha que amadureci com a chegada do Paint Brush?


Agora meu momento Vik Muniz: Junção de imagens e textos!
Obs.: Não envia esta merda pro Vik hein!


Mais uma alá Muniz! A Coca (cola) caiu na mesa e fez o símbolo do meu signo.
Obs.: Acha que evoluí? Obs2.: Não responda. Por favor, guarde para você!

Viu!? Entendeu agora por que escolhi as palavras ao invés dos desenhos!? Tudo bem que acredito ter melhorado muito, graças ao avanço da informática, mas certamente se eu tivesse escolhido e insistido pelo outro caminho, para ganhar a vida, o próximo ditado que fatalmente aprenderia na prática seria “A ocasião faz o ladrão!” Ah! E só para finalizar:

A explicação de eu ter mencionado o outro ditado (Antes tarde do que nunca) é pelo horário da publicação deste post, tá ligado?

Obs. final: Se eu fosse famoso, essas coisas" valeriam muito, mesmo não valendo nada.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Programação delirante

O termômetro, que acabava de tirar do meu sovaco, marcava trinta e oito graus e meio. Só pelo encostar de sua ponta metálica (gelada!) já pude sentir que não estava normal. Tinha febre! Que eu me lembre, há mais de dois anos, não sentia a temperatura do meu corpo subir tanto sem fazer esforço físico apesar de ainda continuar apaixonado.

Era hora de fazer alguma coisa para melhorar. Tomar um remédio para diminuir os sintomas da gripe foi uma opção e a outra foi ficar quietinho, num canto da sala, vendo televisão. E foi justamente esta última que me proporcionou uma incrível experiência, quase extracorporal e, por que não dizer, surreal a medida que ia zapeando de canal em canal.

Começando por canais baixos, num aparelho que capta muito bem os sinais de chuviscos e sobram poucos nítidos, revi o cantor Ovelha num programa chamado Festa Popular cantando o sucesso “Eu vou fazer a sua cabeça”. E como promessa é dívida, ele conseguiu. Tanto que até comecei a suar frio. Se tivesse sua cabeleira, me esquentaria.

Subindo os canais, e a temperatura, vi na Cultura o rapper Xis e suas músicas efêmeras num dueto com o medonho Emicida, que faz questão de falar errado (com cara de mal) e parece a versão anêmica do Ed Motta (só pela barba e costeletas), mas sem talento, no programa Manos e Minas. Enquanto isso eu me afastava cada vez mais rápido da Terra.

Antes de continuar, deixa esclarecer uma coisa: Eu não uso drogas! E depois do exemplo acima, passei até a criticar aqueles que condenam grupos como os Racionais Mc´s, alegando que fazem apologia a entorpecentes. Pois quem condena se esquece que fulanos, como os dois que citei, são os próprios narcóticos cantado, que entorpecem só de ver.

Mais a frente era um programa de flagrantes policiais que me deixava ainda pior (e agora também tremendo de medo), que só foi aliviando ao entrar uma nova matéria sobre torcidas organizadas, qual pude dar um pouco de risada, ouvindo um brutamonte falar (aos prantos), que a organizada vêm antes de sua própria família. Coitada! Da família dessa besta!

Canal mudado, agora era a estranha propaganda do Guaraná Dolly que me fazia sentir os mesmos sintomas de uma alucinação vinda de um chá de cogumelo oferecido por um boneco horroroso em forma de garrafa. Isso na RedeTV! Que depois passou trinta vezes o comercial do Superpapo. Se eu tivesse sem mulher e com uma gilete por perto, já tinha ido!

Na MixTV vi os andrógenos integrantes do Fresno, falando sobre Michael Jackson (até agora não entendi a relação) e a anacrônica banda Cine, vinda do espaço e de uma época que nem quero chegar, caso o futuro seja assim. Lembro da repórter perguntando se as mães deles ajudavam na escolha das roupas e uma das criaturas respondendo: Ainda não.

Como assim, ainda não? O certo não seria dizer, não mais? Tá vendo como não são daqui? Até a repórter gozou deles! Depois dessa entuchei meu nariz de Vick Vaporub; encharquei um lenço com álcool, amarrei na goela e fui dormir. Com essa overdose, por sorte não foi para sempre. No dia seguinte a febre passou. Mas a delirante programação continua na TV.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Bike is life

Somos animais. Por mais dinheiro que se tenha e mais evoluído que se ache, não dá para negar. Animais. Única espécie que se destaca por ter um polegar opositor; capaz de formar sociedade e que possui o livre arbítrio. Porém, ainda assim, animais! Com instinto primitivo de domar fêmeas a força; controlados e que, por muitas vezes, escapa.

Parte integrante de uma classe que segue a risca a tal lei da sobrevivência (ainda mais se analisado os que vivem na selva de pedras), responsáveis pelas modificações no modo de vida de todos a sua volta (quase sempre para pior), incluindo a invenção de uma nova categoria de comportamento dentro da cadeia alimentar. Veja exemplos:

No mato, a folha da árvore cai. Um gafanhoto come. Uma ave come o gafanhoto, que é presa da Jaguatirica. Esta defeca; insetos comem; a cobra papa os insetos; outras aves caçam a cobra e o ciclo segue. Já na cidade, os caminhões e ônibus poluem, não ligam para os carros, que vivem querendo derrubar as motos e estão todos contra a bicicleta!

A principal diferença entre eles é que neste último não há cadeia para os descontrolados. E aqueles que conseguem domesticar seus impulsos, ao entrar num veículo, vestem uma espécie de avatar indestrutível e pronto para matar! Uma ferramenta que expõe a lei do mais forte; enjaula os animais e a habilitação vale como porte de arma.

Já não bastasse tantas guerras por aí; você que nem cumprimenta seu vizinho; linchamentos a quem não tem culpa de ter nascido, agora também existe o desrespeito com um elemento fundamental para acabar com o trânsito das metrópoles; a diminuição de enfartes; a melhora do ar do planeta; a qualidade e vida e até a salvação do romantismo.

Lembra da propaganda: “Não esqueça a minha Caloi”? Acho que muita gente esqueceu. Eu não! Lembro dela e das outras que fizeram, e ainda fazem, parte da minha vida. Desde a primeira Freestyle, aro vinte, vermelha com roda estrela, que ganhei logo depois que larguei a Tonquinha da Estrela, também chamada de velocípede e sem as rodinhas!

Lembro da Aluminum branca, aro vinte seis, totalmente rígida, parceira da minha primeira trilha e do primeiro grande tombo. Da Alfameq Tirreno vermelha, já com suspensão dianteira. A Cannondale Super V700, cinza, que rachou de tanta fadiga e minha companhia quando me perdi na Serra do mar. Pensei em a abandoná-la, mas não tive coragem.

Recordo a Santa Cruz Bullit, também vermelha, que aguentou pancada, quebrou duas vezes e ia longe arrumar, como se levasse um parente ao hospital para salvar. Fora a Astro DH8 (adivinha a cor?) companheira na melhor fase de Downhill e a Rainbow, verde, herança do tio, que uso para passeios urbanos e como outro meio de transporte.

É muita história, carinho e lembranças no banco de uma magrela, no guidão da liberdade de quem é fiel; primeira namorada; minha única amante; uma outra minha amada; que convive bem com a humana atual e eterna; e que também não se conforma em ver como a de duas rodas é discriminada. Odeio aperto, não gosto muito de pessoas e amo minha bike!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Vício na veia

Eu devo estar doente. Pelo menos é o que dizem os médicos, mesmo eu ainda não tendo consultado nenhum, para saber mais sobre isso. Mas só pelos sintomas, e pelo que já li, sei que não tem cura e que nos casos mais agudos os especialistas já a batizaram de hipergrafia aguda, não contagiosa e tipo coceira: Quanto mais coça, mais se quer coçar!

Estou viciado! É uma coisa que vêm do límbico (parte do cérebro ligada a emoção e que você nem sabia que tinha!); às vezes preciso entrar num bar para pegar uma seda, pensando até que se tivesse qualquer outra droga de papel, naquela hora, eu usaria. Pois substitui meu celular quando acaba a bateria e é a melhor solução mesmo sem tecnologia.

Não faço ideia de como adquiri essa coisa, mas o único remédio que achei para diminuir o ardor é continuar. Pois é algo que toma minha mente, me empurra, começa sussurrando e logo grita: Escreva! Meu vicio é escrever. Quase um sexual prazer, feito sozinho, com o calor da troca de gametas e a frieza de uma... Bom, deixa pra lá. Deu pra entender.

As crises são frequentes, ocorrem em todo lugar e nos momentos mais inusitados. Quando estou no banho; nas poucas vezes que frequento missas; no meio de reuniões; bate-papos informais; no escuro; no claro; depois do prazer; logo após eu correr, vêm com mais força a me atropelar; e até na ânsia de vômito, ela se manifesta implorando pelo bem estar.

O pior ainda é quando acontece a noite. Fico agitado, acelerado e é até difícil dormir tranquilo. Tenho que ter sempre algo do lado que me alivie e que me permita expressar. Garanto que se visse a minha letra, para poder registrar, acharia ou que sou médico ou um médium a psicografar. O mais curioso disso é que, apesar de tudo, dá um prazer incrível!

Nem penso em parar. Seria como abortar um filho querido, que ainda nem nasceu, mas já se pode imaginar a feição, a cara, o jeito. E por isso mesmo nem existe a possibilidade de pensar em estragar o êxtase que ele pode proporcionar depois de pronto, apresentado. Nunca fui a favor de coito interrompido. E é por isso que, atualmente, penso e logo registro.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Você acredita nisso?

Olha que estória sem cabimento! Estava na casa da minha avó, arrumando a bicicleta no quintal, e ao passar pela porta de acesso, não vi o carrinho de feira pendurado na parede, bati a cabeça nele e consegui fazê-lo escapar do prego, caindo com força em mim, batendo sua rodinha na minha cara! Este é o motivo do meu olho roxo. Você acredita? Difícil né?

Mas tudo bem, não quero lhe convencer de nada. Primeiro por que não lhe devo nada. Nem mesmo satisfação! E segundo por que você não acreditaria mesmo em mim. – É claro que ele tomou um soco no olho e agora tá tentando disfarçar e justificar! – Você deve estar pensando agora, se esquecendo que aceita coisas muito mais absurdas, sem raciocinar.

Você duvida que o Brasil conseguirá sediar a Copa, mas no fim acredita que vai dá! Nem ousa suspeitar que Bin Laden já podia estar morto antes da operação teatral americana em primeiro de Maio, início do período eleitoral, que podia ser primeiro de Abril! Com tanta tecnologia e "caça-fama", não há foto do cara fora aquela montagem que ainda acredita?

Continua crendo que, no capítulo de amanhã da novela, a vilã vai se dar mal, sem cair na real e perceber que não é isso que o autor (que a essa hora está de férias numa praia do exterior e longe da televisão) quer. Ele não pensa em você. Ele só pensa em como atrair você! Como te fazer ser enganado e ficar mais tempo dando um Ibope que também mente!

Nem passa pela sua cabeça suspeitar que toda e qualquer notícia veiculada nos principais veículos de circulação, tem a intenção, embutida, de te direcionar e fazer formar uma opinião que interessa somente ao responsável por espalhá-la, aumentando o pacato rebanho de ovelhas que produza ainda mais lã para aquecer seus invernos, as custas de sua pele.

Você sabe que toda mulher, capa de revista, não é original. Mesmo assim confia, que a dieta do shake, para qual ela posou, dá um resultado incrível e que é uma delícia! Insiste em dizer que a pulseira do equilíbrio “Power Balance” mudou sua vida, mesmo depois da própria fabricante dizer que não funciona. Mas agora você já consegue fazer o quatro!

Você é que está de quatro, aceitando tudo e se auto provocando o efeito placebo seu jumento! Pode me xingar, nem ligo. Sei que a verdade dói. Talvez até mais que o ferimento no meu rosto, que já está sumindo, mas não vou te pedir desculpas. Quero ver agora você rir da minha cara! Veja bem as coisas! Meu olho tá mesmo roxo, mas não está fechado!