quinta-feira, 19 de maio de 2011

A sacola barata. O retorno!


Essa nem os Maias, nem a mãe Dinah previram. Em 2012 será o fim! O fim das temíveis e desgraçadas sacolas plásticas que tanto mal fazem ao mundo! Elas serão proibidas de serem comercializadas e de circularem em São Paulo já a partir do início do próximo e só poderão ser vistas novamente, espalhadas, nos inúmeros córregos e enchentes da cidade.

Com multa que irá variar de R$ 50 a R$ 50 milhões, dependendo do caso, e baseado na perfeita e tão respeitada legislação federal, nos supermercados, por exemplo, deverão ser substituídas por caixas de papelão que ajudarão a carregar as compras feitas por quem adora burlar uma proibição e está longe de ter a mínima educação, que não seja a força.

Além disso, também já está disponível para quem puder pagar, as chamadas “embalagens ecológicas”. Sacos produzidos sob a tecnologia "plástico verde", biodegradáveis, feito de amido de milho, que se decompõe em até dois meses e que, segundo o presidente da Associação Paulista de Supermercados, é comestível e seu filho poderá comer a sacola!

Que droga! Por que não inventaram isso antes? Aí era só ir até um Carrefour da vida, encher o carrinho de sacolas vazias nos caixas e servir para toda a família a semana toda. Iríamos economizar! Ainda mais sabendo que, anualmente, cada habitante consome em média sessenta e três sacolas plásticas, ainda do tipo “indigestas”, por ano.

Há um mês, tive acesso a essas novas sacolas e não resisti. Tirei um pedaço, coloquei num copo com água, o deixei exposto próximo a uma janela pegando Sol, vento, dia, noite e outras variações e ainda está lá! Sem sofrer nada, até agora. Será que é por que não é verde? Já estou achando que vou ter que tentar mastigar aquele troço.

Algo tá errado. Disseram que ia se decompor na água! Talvez esteja me precipitando e precise deixar mais tempo mergulhada. Talvez a ideia da troca de sacolas vá por água abaixo e o fim seja elas fazerem companhia às baratas que não morrem nem afogadas. Mas o que é certo é que a solução do problema ainda é a educação e não a proibição.