terça-feira, 31 de maio de 2011

Frio da bexiga

Passei o dia inteiro com os pés gelado. Literalmente um pé frio e duro, quase congelado, mesmo usando duas meias e um calçado que os abraçava confortavelmente, mas que não adiantou nada. Eles não esquentavam nem quando eu andava, parecendo até que estavam sem circulação e sufocados pelos apetrechos que tentei inventar para esquentar.

Mesmo assim, devo dizer que gosto de frio. Prefiro sentir um ventinho gelado no rosto, enquanto o resto está todo agasalhado, do que passar pela triste sensação de suar igual a um camelo velho (mesmo ficando pelado), atravessando um deserto, onde até na sombrinha está uns trinta e oito graus, sendo seguido por um bafo quente do inferno!

Prefiro o inverno. E só não gosto muito é daquilo que ele causa. Nariz escorrendo que faz as pessoas ficarem fungando ao seu lado, e chupando o naso; mãos petrificadas; sintomas de resfriado e o tal pé gelado. Sem falar na difícil ação de ter que largar aquele maravilhoso banho escaldante e na quase impossível missão de sair da cama pela manhã.

Ah! A minha cama...! O Cabo Canaveral de onde parte, toda noite, a nave dos meus sonhos! (Poético isso não acha?) E era justamente para onde eu queria voltar, ao fim do dia, para poder reviver aquela confortante sensação de estar no útero materno. Um local aconchegante, seguro e quente, como o ventre, para aquecer o meu corpo todo.

E foi isso que fiz ao chegar. Tirei toda a roupa, deixando as meias para o final, para poder me enfiar no leito e me preparar para a viagem rumo ao descanso. Mas eu não contava com um imprevisto, que tumultuaria meu plano e que é sempre causado pela época do ano mais fria. O aumento da vontade de ir ao banheiro. E o pior, sempre de madrugada.

Fora dos lençóis, devia estar sete graus. Sob eles, algo perto dos trinta. Mas minha bexiga parecia nem ligar para isso e estava disposta a me causar um choque térmico, no meio da noite, só para satisfazer sua vontade. E eu estava quase parecendo um cachorro que quando fica contente e satisfeito, começa a fazer xixi sem ligar para onde está.

Até tentei disfarçar; voltar a sonhar; segurar mais um pouco (talvez por mais cinco horas); fazer de conta que não era comigo, mas não teve jeito. Parecia uma incontinência urinária, que começara a se manifestar aquela hora, pois não lembro de ter ido muito ao banheiro durante o dia e nem ter tomado água antes de deitar, para exatamente isso evitar.

- Porra! Justo agora que esquentei o pé! Pensei; já ereto, descalço e tremendo diante do vaso; estudando a possibilidade de mijar neles para reesquentar. Mas como isso também me faria levantar para dar fim ao cheiro, desisti. Fiz na privada; voltei pra cama; passei o dia e a noite toda, com os pés gelado e comprarei um papagaio hospitalar para dormir em paz.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O tempo não passa

O tempo não para! Sei que qualquer idiota poderia chegar a essa conclusão sozinho, mas será que algum imbecil se arriscaria ir contra esta afirmação? A resposta é sim! E independente do que acha de mim, sou esse cara que hoje acordou com a sensação de ser um personagem infantil. Mais especificamente o Peter Pan do Brasil: A terra do nunca!

Um pensamento involuntário despertado graças a minha ideologia de falar aquilo que penso, depois que penso naquilo que falam. Naquilo que falam, naquilo que escuto, vejo e sinto a medida que vou envelhecendo, minha orelha vai crescendo e vou ficando mais chato. E esta é a única característica que me diferencia do personagem verdadeiro.

E como não ter esse sentimento de viver um eterno déjà vu, nesse lugar que nunca faz nada para mudar e nunca parece sério, se tudo que me cerca, hoje, é igual ao que ocorreu e ouvi ontem, antes de ontem, semana passada, mês passado e vêm desde outros séculos quando todos andavam pelados. O jeito é cobrir tudo e descobrir de novo.

Quem sabe assim ninguém mais vai poluir o Tietê e eu nunca mais vou ler que, pela milésima vez, começarão as reformas para ampliar a calha, calhando bem na semana para piorar o já ótimo trânsito da marginal! E falando neles, se pudéssemos voltar, ficaríamos só trocando espelhos, tudo legal, e evitaríamos saber que vão fechar novamente a galeria Pagé!

Quantas vezes isso já não aconteceu? E a cracolândia continua lá. Um prato cheio para o cardápio de soluções do próximo administrador que entrar. Assim como a promessa da inflação baixar, enquanto o pobre vai rezando para, o carnê das Casas Bahia, conseguir pagar. A pior droga do mundo se chama políticos e todos querem fumar e mamar!

Uma nova explosão no Oriente mata dezesseis. Porra, por que não miraram aqui!? (Vamos importar homens bombas!) Devido as chuvas, um buraco surge na cidade, engolindo carros e fazendo regiões ficarem sem água. Fala a verdade, se não fosse pelo fato da chuva, este parágrafo todo não parece ser do Iraque? Mas é daqui. Se oriente você!

E as old news não param de chegar: É a obra de um novo estádio que vai começar e a Amy Winehouse sendo internada para se recuperar. (Há dois anos) Ora! Basta olhar o sobrenome dela (Wine = vinho e House = casa) para ver que isso vêm de berço. A novidade é saber que ela não foi batizada com água ardente e que seu primeiro nome não é Marijuana!

Amanhã pegarei uns jornais que guardo a dezoitos anos (para ler as notícias atuais), somar ao de hoje e brincar de jogo dos sete erros, caçando as pequenas diferenças entre eles. Afinal, não paramos de brincar por que envelhecemos, mas envelhecemos por que paramos de brincar e acho que vai ser a forma mais divertida de passar o tempo.

domingo, 29 de maio de 2011

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Uma caçamba no fim do arco-íris


Tem coisas que se atraem e parecem terem nascidas uma para outra de tão fascinante relação: Porca e parafuso; quina de móvel e dedinho; olhos masculinos e glúteos femininos; gordo e doce; pobre e funk; mulher e vitrine; xixi e acento; corda e caçamba; caçamba e mendigos, caçamba e idosos, caçamba e carroceiros, caçamba e todo mundo!

Eu sempre soube, e é fácil provar, que o brasileiro é um dos povos mais curiosos do planeta. Basta ver que temos mais edições de Big Brother que na Holanda (inventora da droga); e que as pessoas paradas no trânsito são capazes de provocar ainda mais lentidão ao se aproximarem do incidente, reduzindo a velocidade, só para dar uma espiadinha!

Isso por si só, já é curioso! Mas recentemente notei uma outra incrível atração brazuca, através de uma pesquisa quantitativa visual de amostragem feita em São Paulo. O povo adora uma caçamba! Aquelas carrocerias metálicas basculantes que de vez em quando são estacionadas nas ruas, tomando nossas vagas, para colocarem entulho de obras.

Então, entulho! Isso significa que lá é depositado tudo que é descartável, sem valor, resto, lixo! E por isso mesmo é que não consigo entender a curiosidade das pessoas em fuçar aquelas coisas, como se estivessem certas de que lá vão encontrar algo de valor. E são pessoas de todas a idades, cor, classe social e aparência, em busca do Eldorado.

Tudo bem que às vezes alguém acha uma criança jogada lá, mas até aí, a pessoa que jogou considerava aquela criatura, algo desprezível! Nem vou falar desse absurdo, mas nem tente me convencer de que todos os que mexem nesses locais, estão atrás disso, pois será mais difícil de eu crer, do que na história do pote de ouro no fim do arco-íris.

A verdade é que muitos tem mania de achar que lá terá algo que preste. E o mais engraçado é que só se vê gente saindo com uma ripa de madeira, um madeirite velho e no máximo algumas latinhas de alumínio. Seria esse o tesouro? Se for assim, é mais uma prova de que o PAC não atingiu ninguém e que os aposentados precisam de aumento.

Você pode até achar que eu também sou bisbilhoteiro e que fui atrás dessa estória. Mas saiba que foi involuntário e nunca vai me ver fuçando numa delas. Talvez eu fique só observando, mas nunca me juntarei aos “caça caçambas” que começaram a rondar o bairro onde moro, agora que foi aberta a temporada de caça...mba. Curioso né?

quinta-feira, 26 de maio de 2011

SATISFAÇÃO - Arraze no jantar!

Se você leu o post anterior e está pensando em nunca ir nos visitar ou até excluir das redes sociais, saiba que isso ocorreu num lugar bom e limpo hein! Pois tem outros locais em que são eles é que preparam a janta para as pessoas, sem falar quando não saem para comer no shopping! Por isso, pense bem, reconsidere e não perca contato. Sentiremos saudades!

Arraze no jantar!


Madrugada de quarta para quinta-feira. Cinco da manhã. Um barulhinho invade o quarto onde dormíamos. Inicialmente parecia o som de uma Belina, ano setenta e três, tentando dar ignição. E no silêncio tudo se parece, aumenta e confunde. Miado de gato é igual choro de criança e vizinho fazendo sexo na cama de mola. E o som continuava.

Tá ouvindo? – Me perguntou a Mari, despertando, sem saber que eu já estava acordado e encafifado. – O que será? – Disse preocupada. – Não sei, mas parece que tá próximo. – Respondi. – Aí meu Deus, tô com medo! – Falou se encolhendo em mim. Até aquela hora não passava na minha mente que alguém podia ter medo de uma Belina!

Eu já tinha afastado a ideia de que aquilo seria um carro, mas tentava me enganar para não desesperar. Nem eu, nem ela! – Espera aí. – Falei, pegando o celular e iluminando a porta da sacada tentando ver algo. E nada. Ainda estava escuro e o barulho tinha parado. Mas logo voltou, se intercalando com o silêncio e levando nosso sono de vez!

Seis e meia. O dia esperava lá fora. Levantamos, saímos e, no caminho até o ponto de ônibus, fomos pensando no que poderia ter sido, sem ver nada estranho na rua e sem querer pensar que o som podia ter vindo da espécie animal mais nojenta que qualquer outra, incluindo o ser humano. – Deus me livre! – Pediu Mari, se despedindo até a noite.

Assim, o dia se foi e no fim dele, voltamos para casa. Ela chegou antes; soltou a Meg (nosso dog); abriu a sacada (Meg foi cheirando tudo); viu um molhado no chão e resolveu lavar a área. Cheguei; ela já tinha acabado; pedi para dar uma olhada lá, enquanto preparava algo para o jantar, e se soubesse o que viria a seguir, preferiria inverter as funções.

Abro a porta de correr (a de fora) e enquanto afasto a cabeça da Meg, da porta de vidro (a de dentro), levo um susto que fez gelar os pêlos mais profundos (até os do rabo!) ao ver algo descendo rápido pelo batente! Pois é. Nossa suspeita acabava de virar certeza e ganhar forma. Se eu fosse enrustido, teria entregado o ouro naquele instante!

Era um spider mouse fazendo rapel, sem corda, na porta. Pertencente a uma das raças de bichos mais nojentas que já vi, não tinha contato com eles, desde meu último encontro com o vereador Toninho Paiva (que neste caso anda em pé). Mari fez o pedido para Deus livrá-la daquele encontro. Mas deveria ter colocado o meu nome também!

Ainda assustado, saí para comprar veneno para matar o safado e não “remédio”, como muitos falam. Pois ele não tá doente! Mas certamente nós ficaríamos se aquela peste não fosse exterminada. Só pela embalagem do bagulho, dá medo. É do tipo de produto que quanto mais velho, maior o efeito e até a caixinha faz mal. Agora é caprichar!

Preparei o prato do gabiru como se estivesse lidando com criptonita, só que azul. Saco plástico na mão, a Meg presa para evitar contaminação e pregador fechando as improvisadas luvas. O prato foi feito, servido em cascas de banana e independente de onde ele veio, hoje vai comer fora. Agora é chegar e ver se veio para jantar! Nojento desgraçado.

Gênios



A prova de que, em dois minutos, dá para fazer muita coisa boa! Não só miojo...

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Parada cultural

Carpe Diem! Dizia a tatuagem estampada no braço daquele cara, que se estrebuchava a minha frente, enquanto eu estava parado no semáforo. – O cara tá tendo um troço? – Pensei, já me preparando para acudir! Não. Era só mais um artista de rua, e seus truques mirabolantes, se apresentando numa espécie de “se vira nos trinta” a céu aberto.

Que susto! Isso por que sua tatuagem sugeria que eu “aproveitasse o momento”! Como seria possível se, ao ver aquele monte de munganga que ele fazia com a cara ao mesmo tempo que jogava umas madeiras pegando fogo para o alto, eu não conseguia pensar em outra coisa se não a preocupação de que aquela porra podia cair e incendiar meu carro!?

Sei que já devia ter me acostumado, afinal, moro a muito tempo nesta cidade, mas como tenho quase certeza que sou de Marte, isso nunca será normal para mim. Maldito poeta autor da frase “O artista deve ir aonde o povo está”. Tomara que seja o mesmo do filme “A sociedade dos poetas mortos” que também disse Carpe Diem. Assim, já vai ter ido.

Pior é pra quem fica e tem que aguentar o circo que se forma a cada sinal fechado. De um lado, o ilusionista vendendo cofrinhos deformados, te fazendo acreditar que aquilo é um porquinho. Do outro, um contorcionista se entorta para parecer um deficiente, mas fica bom rapidinho quando o motoboy vem no corredor e ele corre para não ser atropelado.

Anda mais um pouco e, em outro farol, a atração vem até você! Anõezinhos sujos, catarrentos te estendem a mão, sob os olhares atentos de suas mães, sempre gordas como elefantes, sentadas e explorando as criaturas em troca do trocado de cada dia. Sem falar nos vendedores de bala, chiclete e pipoca, coadjuvantes do picadeiro asfaltado.

São Paulo é realmente uma cidade que respira cultura! Junto com fumaça, cheiro de rio podre e xixi. E nem precisa ser virada cultural! Basta sair de carro a qualquer dia, hora ou local para comprovar. Mas o show não pode parar. Aí surgem outros malabaristas fazendo performances com frutas, pedindo grana para comer. Porra por que não comem as maçãs!?

E o grand finale fica por conta do mágico que sempre surge ao estacionarmos o carro. O flanelinha! Primeiro ele pede dinheiro, o clima fica tenso, ele se afasta e fica a dúvida: Quando voltarmos, ele e o carro ainda estarão lá? Seja como for, Carpe Diem! Não gaste tempo com coisas inúteis, afinal a cidade é um show e adivinha quem é o palhaço...?

terça-feira, 24 de maio de 2011

Quem espera sempre cansa


Mari, quer que eu segure sua bolsa? – Foi a pergunta que fiz à minha namorada, enquanto fazíamos uma troca: Ela me dava o mais inseparável acessório feminino e eu entregava uns doze cabides cheios de peças que a ajudava a carregar (e que já estavam me dando câimbra), na loja do shopping, indo em direção ao provador.

Vai lá que te espero aqui! – Se arrependimento matasse eu já teria ido faz tempo. E seria na entrada de um provador! Um lugar que agora entendo bem por que leva esse nome. Na visão da mulher, as portas do Paraíso repleto de descobertas fantásticas! Já para os homens, o calabouço batizado daquele jeito para provar nossa paciência.

E antes de continuar, só para registrar, tenho que fazer justiça e admitir que ela não é consumista. Mas eu também não sou malabarista! Por isso sugeri a troca, mesmo tendo que ficar com um bizaco a tiracolo, dando brecha para qualquer um pensar besteira. Não importa. Faço qualquer coisa para sair logo dali! Tentando me enganar que vai ser rápido.

Olha como são as coisas: Esperamos nove meses para nascer; sem falar no tempo que se leva para decidirmos voltar; quando ainda criança, ficamos esperando o papai Noel passar uma vez só no ano; na adolescência não vemos a hora de fazer dezoito anos para a maioridade alcançar e depois passamos a vida toda lutando para o tempo voltar!

E é só o começo! Fora ficar esperando o resultado da prova, torcendo para que o Rio Amazonas se mude para Erexim (pois foi isso que respondeu na prova de Geografia); o retorno da entrevista de emprego, que parece um primeiro encontro amoroso onde, ao final da paquera, a outra pessoa diz docemente “Eu te ligo!” E nada...

Esquisito isso não? Num mundo que pede feedback, você fica desesperado só por que um e-mail ainda não chegou (por isso que sua tecla F5 está gasta); da mesma forma como aguarda com angústia na ala de desembarque do aeroporto; e com a mesma intensidade implora para ver a sua lista de seguidores do blog aumentar. (Eu faço isso!)

Ufa... Tomara que chegue logo a sexta-feira! – Talvez seja isso que agora mesmo tenha pensado. Mas não vá se animando não, por que isso pode ser sinônimo de passeio no shopping; com direito a relaxante experiência de tentar encontrar uma vaga para estacionar, para enfim, acabar na porta de um provador, parado e esperando.

E foi exatamete ali que pensei em escrever este post, enquanto aproveitava ao máximo essa entediosa e angustiante experiência que ocorre na vida de qualquer ser humano homem que se relaciona com uma mulher. Até que, finalmente, a Mari saiu! De mãos vazias e meia hora depois.

– E aí? – Perguntei. – Não gostei de nada. – Respondeu, frustrada. – Tudo bem! – Retruquei, vibrando por dentro, emendando: – Vamos para outra loja então! (???) Afinal sexo frágil é ela! E quem sabe na próxima, tomo coragem e me enforco com uma gravata! Pelo menos assim, não tenho que esperar por algo que nunca irá mudar. – Vamos!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Luz, câmera... enganação!


Ok, ok! Vou contar uma fofoca para vocês! Sei que algumas pessoas me viram no programa Mega Senha da RedeTV, qual participei, mas não ganhei. E agora que passou a frustração pela eliminação e de sentir que todos os dias em que estive na emissora, fazendo testes, foram em vão, resolvi contar o que não passou na televisão.

O estúdio de gravação é sujo e pequeno. Mas as câmeras corrigem tudo. Inclusive as olheiras do Marcelo (apresentador) que ele mesmo assume ter e que realmente é bem divertido, não só quando começa gravar. Diferente do Nelson Rubens que demorou uma hora e meia para chegar e parecia que não estava lá para nos ajudar.

Outra que parecia mais preocupada em como o seu cabelo iria aparecer na TV, do que entender o que tinha ido fazer lá, era a tal Val Marcchiori que até foi simpática. Mas também seria demais esperar de alguém que, segundo a Veja, gasta setenta mil reais numa tarde; alguma compaixão em ajudar muitos que não ganham isso em dez anos!

Ainda sobre a gravação, cortaram o resto da minha declaração de amor; não mostraram que o embalsamado Nelson Rubens não nos cumprimentou; trocou o nome da minha adversária de Rosana para Susana e que esta moça, foi me zicando desde que cheguei. Dizendo que ia me derrubar do palco, sem saber que o azar dela seria pior que o meu!

Fora isso, pelos corredores e camarins, tenho a dizer que a produção é um imenso jardim, cheio de florzinhas (Ui!) e o garoto merchandising da TekPix (aquele gordinho) usa peruca, sofre de labirintite e assumiu que às vezes entra em cena meio aéreo. Pronto! Tá explicado por que ele acha, e tenta convencer os outros, que aquela máquina é ótima!

Outra que também jura ter poderes divinos e quer empurrar troços milagrosos para inocentes, estava lá! Eloiza Medina. A anciã que diz ter recebido a receita do produto Plástica Natural, de Deus. Só não explica por que, para ela, não dá resultado e está com a cara do Diabo! (Obs.: Ela tinha um brechó em São Caetano. Conheço a família!)

Só não vi o Japa do Cogumelo do Sol. Mas falei com outro (do Pânico) que faz o papel do assistente do quadro Jô suado e que parece estar sempre chupando limão, de tão esquisitinho, mas muito legal. Assim como a Vovô da Fiel que conversei bastante enquanto ela se preparava para ficar a cara de sua personagem do dia, Bruxa Surfistinha!

E para finalizar conto que o vinheteiro (que toca piano para o Jô) não sabe dar nó em gravata; que o Alan Rapp (diretor) vive de óculos escuros; que o Paulinho Rola me disse que ainda precisa de um companheiro e que as taças mostradas no Mega Senha, eram da Tramontina e não de ouro. É... Não fui para um milhão, mas soube de muitas estórias!

Não quero tirar a minha parcela de culpa por não ter vencido. Até por que, melancia é vermelha só por dentro e inseto rastejante não é cobra. (Só vai entender essa parte, quem assistiu o programa). Mas também não é barata, como me foi passada a dica. Até por que se este ser nojento tem pernas, ele só pode andar! Ok, ok Nelson Rubens!?

Nunca ganhei dinheiro fácil. Nem em bingo de família. E minha relação com a grana é simples de explicar: Eu não tenho e ele foge de mim. Estou quase certo que numa outra vida eu já estou aposentado, mas perdi o cartão para sacar o benefício na viagem para cá. E é por essas e outras que vou me conformando mais com a frustrante situação.

Se você se surpreendeu com o que leu, imagine eu ao ver que o cara da TekPix tinha um albinho da Fotótica, debaixo do braço, cheio de fotos com famosos! Se aquela porra fosse boa, precisava de um álbum? Estranho não é? Eu nem aumento e nem invento. Apenas conto o que de fato aconteceu, mesmo que neste caso, o azar tenha sido todo meu!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Eita merda boa!


Hoje não estou nos melhores dias. Mas nem por isso deixarei de sorrir, de ser gentil com quem for e de ser otimista a ponto de acreditar que ainda existe uma luz no fim do túnel, mesmo nem vendo o túnel. Não enxergo o buraco na horizontal, dentro de um que se abriu na vertical e no qual me sinto dentro, cheio de merda.

A vida é o maior barato, não acha!? Já sei. Você deve estar pensando que sou bipolar, ou que estou sob efeito de droga, e até que comi merda ao fazer essa pergunta justamente depois de escrever o melancólico e depressivo parágrafo acima, que serviria muito bem como letra de música de alguma banda Emo, alimentando o tráfico.

Nem uma coisa, nem outra. Apenas vou refletindo sobre minhas experiências de merda sob os dois pontos de vista da vida, o lado bom e o ruim, tentando aproveitar ao máximo a curta passagem por aqui, respeitando o tempo que não é o terrestre e me segurando para não colocar o novo disco do Restart e me despedir de todos.

Isso nunca! Nunca ouviria essas coisas e nem interromperia o ciclo, mesmo querendo enfiar uma faca em meus pensamentos quando eles insistem em me dizer que fracassei. Fracassei sim, merda... E daí? Melhor assim. Melhor aceitar e fazer as pazes comigo mesmo e sair junto para jantar, namorar e curtir a viagem que está ótima!

Quem nunca teve dias ruins? Ou você acha, por exemplo, que Michelangelo passou os quatro anos pintando aquela maravilha no afresco da Capela Sistina sem nunca ter tido uma crise; uma dor de barriga; sem nunca ter errando sequer uma pincelada; ou mesmo sem nunca ter tido uma tontura, ficando naquela posição todo o tempo? Imagina...

E é aí que se reconhece o gênio, que se destaca o artista, que se diferencia o bom do ruim navegador. É quando as águas estão turvas e agitadas que ele mostra o quanto sabe remar e como, durante seus anos todos, passou a entender o mar. Entender e respeitar a natureza, sua força maior, passando a enxergar sua beleza e mandando a merda à merda!

Quando eu tinha dezessete anos e fui me alistar no exército, enquanto uns entravam mancando, outros entortavam os olhos ou fingiam não escutar, inventando qualquer merda para tentar não pegar o serviço, fui um dos pouquíssimos que levantou a mão quando um soldado nos perguntou quem queria prestar? Mas foi em vão.

Fui dispensando por excesso de contingente. E de lá para cá, comecei a aprender que não tem jeito. Quando não é para ser seu momento, nem adianta insistir, pois a frustração pode aumentar. Por isso que hoje, mesmo sendo um dia ruim, sei que não vai piorar, que dias melhores virão e que os ruins também voltarão. Assim, só resta aceitar a merda!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A sacola barata. O retorno!


Essa nem os Maias, nem a mãe Dinah previram. Em 2012 será o fim! O fim das temíveis e desgraçadas sacolas plásticas que tanto mal fazem ao mundo! Elas serão proibidas de serem comercializadas e de circularem em São Paulo já a partir do início do próximo e só poderão ser vistas novamente, espalhadas, nos inúmeros córregos e enchentes da cidade.

Com multa que irá variar de R$ 50 a R$ 50 milhões, dependendo do caso, e baseado na perfeita e tão respeitada legislação federal, nos supermercados, por exemplo, deverão ser substituídas por caixas de papelão que ajudarão a carregar as compras feitas por quem adora burlar uma proibição e está longe de ter a mínima educação, que não seja a força.

Além disso, também já está disponível para quem puder pagar, as chamadas “embalagens ecológicas”. Sacos produzidos sob a tecnologia "plástico verde", biodegradáveis, feito de amido de milho, que se decompõe em até dois meses e que, segundo o presidente da Associação Paulista de Supermercados, é comestível e seu filho poderá comer a sacola!

Que droga! Por que não inventaram isso antes? Aí era só ir até um Carrefour da vida, encher o carrinho de sacolas vazias nos caixas e servir para toda a família a semana toda. Iríamos economizar! Ainda mais sabendo que, anualmente, cada habitante consome em média sessenta e três sacolas plásticas, ainda do tipo “indigestas”, por ano.

Há um mês, tive acesso a essas novas sacolas e não resisti. Tirei um pedaço, coloquei num copo com água, o deixei exposto próximo a uma janela pegando Sol, vento, dia, noite e outras variações e ainda está lá! Sem sofrer nada, até agora. Será que é por que não é verde? Já estou achando que vou ter que tentar mastigar aquele troço.

Algo tá errado. Disseram que ia se decompor na água! Talvez esteja me precipitando e precise deixar mais tempo mergulhada. Talvez a ideia da troca de sacolas vá por água abaixo e o fim seja elas fazerem companhia às baratas que não morrem nem afogadas. Mas o que é certo é que a solução do problema ainda é a educação e não a proibição.