
Este ano estive no feirão da casa própria, promovido pela Caixa Econômica Federal em SP. Eu e mais de setenta mil pessoas que passaram por lá nos três dias de evento que contou com muitas ofertas de imóveis, centenas de stands de construtoras, cartório, plantão tira-dúvidas e, claro, enormes filas para os poucos bebedouros e barraquinhas de algodão doce. Programão de fim de semana!
Lá pude ter maior contato com uma espécie de ser tão adorável quanto os atendentes de telemarketing, e que sempre procurei manter distância: Os corretores! Indivíduos espalhados por todo o complexo, tipo urubu em cima de carniça, estendendo a mão a quem passasse, afim de puxá-lo para dentro de uma tenda e, assim como fazem as ciganas, querendo lhe impor o seu futuro.
Eles fazem parte de uma categoria de profissionais interessante. E por que não dizer, mágica! Capazes de lhe convencer que todos os imóveis que vendem ficam perto de um metrô; que o shopping é bem ao lado; as vias de acesso você vê da varanda; quarenta e cinco metros quadrados é ideal para você morar e que todos os seus imóveis ficarão prontos em poucos anos e sem estress!
Reconheço que nunca fui bom com números. Mas até se eu fosse um problemático perceberia que nesses lugares todos saem ganhando. Menos você! E essa experiência até me fez pensar seriamente em procurar ter amizade com um corretor para se juntar ao clã dos colegas médicos, advogados e contadores para tentar não ser enganado tão facilmente. Vou buscar nas redes sociais.
Também não posso deixar de citar duas coisas bem reflexivas que notei neste evento. A primeira é sobre o nome de algumas construtoras, como a "Tenda"! Você acha que se as coisas que eles vendem fossem mesmo de qualidade, ou se tivessem mesmo o interesse no bem estar das pessoas, eles teriam esse nome? No mínimo seria "Teto", que soa com mais segurança.
Lá pude ter maior contato com uma espécie de ser tão adorável quanto os atendentes de telemarketing, e que sempre procurei manter distância: Os corretores! Indivíduos espalhados por todo o complexo, tipo urubu em cima de carniça, estendendo a mão a quem passasse, afim de puxá-lo para dentro de uma tenda e, assim como fazem as ciganas, querendo lhe impor o seu futuro.
Eles fazem parte de uma categoria de profissionais interessante. E por que não dizer, mágica! Capazes de lhe convencer que todos os imóveis que vendem ficam perto de um metrô; que o shopping é bem ao lado; as vias de acesso você vê da varanda; quarenta e cinco metros quadrados é ideal para você morar e que todos os seus imóveis ficarão prontos em poucos anos e sem estress!
Reconheço que nunca fui bom com números. Mas até se eu fosse um problemático perceberia que nesses lugares todos saem ganhando. Menos você! E essa experiência até me fez pensar seriamente em procurar ter amizade com um corretor para se juntar ao clã dos colegas médicos, advogados e contadores para tentar não ser enganado tão facilmente. Vou buscar nas redes sociais.
Também não posso deixar de citar duas coisas bem reflexivas que notei neste evento. A primeira é sobre o nome de algumas construtoras, como a "Tenda"! Você acha que se as coisas que eles vendem fossem mesmo de qualidade, ou se tivessem mesmo o interesse no bem estar das pessoas, eles teriam esse nome? No mínimo seria "Teto", que soa com mais segurança.
Tudo bem que cada empresa trabalha com a classe econômica que escolheu. Mas partindo do princípio que todo mundo quer um teto para viver, todas as companhias deveriam entregar, pelo menos, a coisa com acabamento e não só no cimento. E isso é outra coisa que se você não perguntar, ninguém irá lhe falar. Da mesma forma como as infinitas intermediárias.
Por fim, a outra coisa que marcou foi o valor do estacionamento para quem se atreveu a ir de carro. R$ 25,00! Valia mais a pena deixar o carro na praia, já que o negócio rolou no Centro de Exposições Imigrantes, pois mesmo com o pedágio, seria mais barato e ninguém teria que ficar esperando, em outra gigantesca fila, a Van que levaria a família toda até a estação Jabaquara.
Sai de lá com uns cinco apartamentos. Todos dentro de uma sacola, perfeitos dentro dos folhetos e com a certeza de que esse feirão irá superar o anterior, como todo ano os organizadores dizem e novamente escondendo os números de imóveis que foram tomados das pessoas que fecharam negócio no feirão, mas acordaram de supetão do sonho da casa própria, algum tempo depois.